Neste vídeo sou eu e meu pai tocando "The boxer" (Simon & Garfunkel), uma das clássicas da família. E nesse é ele e minha mãe, brincando de tocar
Volta & meia olhar pela janela. A janela viva dos olhos, dos meus, dos teus, dos nossos. Volta & meia inventar alguma coisa, recriar espaços, palavras, voltas e meias. Literomputador, celulose virtual.
sábado, 28 de agosto de 2010
Das raízes
Ontem senti novamente o gostinho de ser filha – não que meus pais sejam hoje insensíveis a ponto de evitarem o convívio com os filhos, que já cresceram, mas a realidade adulta nos mantém ocupados demais pra demonstrações mais prolongadas de afeto. Daí, quando esse tipo de momento acontece, viro criança de novo, faço macaquice, quero ser igual a eles. Aí vai uma palinha dos momentos que, pra minha sorte, se repetem há 28 anos.
Neste vídeo sou eu e meu pai tocando "The boxer" (Simon & Garfunkel), uma das clássicas da família. E nesse é ele e minha mãe, brincando de tocara parte mais legal de "Uncle Albert" (Paul McCartney). Ah, uma dica: não deem absinto pras suas mães. Elas podem ficar divertidas demais.
Neste vídeo sou eu e meu pai tocando "The boxer" (Simon & Garfunkel), uma das clássicas da família. E nesse é ele e minha mãe, brincando de tocar
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Das negativas
Se de fato queres me conhecer
Já vou avisando:
Há muita imperfeição nesse mundo.
Não tenho brios
Não tenho freio
Não tenho lógica
Não tenho medo do silêncio.
Me falta um pouco de vaidade
Talvez um pouco de caráter
E uma bela dose de paz interior.
Não tenho um corpo bonito
Não tenho futuro
Não tenho coragem pra olhar nos olhos do tempo
Não tenho pouso
Não tenho rotina nem fé.
E o que resta de mim
São metáforas
Meias palavras
Ou tudo que é efêmero.
(Bem fraquinha essa. Talvez eu devesse mudar o fim.)
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Utopias possíveis
Da série "meus-caderninhos-velhos-those-were-the-days". Descobri que dá pra botar uma legenda decente, uhu!! |
Sua fala, que se centrou na validade das utopias, começou com uma frase muito impactante pro público que lotava o Salão de atos da Ufrgs: “esqueçam o maio de 68”.
Como assim?! Não era pra falar de utopia? E o que representou o movimento?!
O que interessa é por em perspectiva. Ver que as utopias se realizam de fato. Há alguns anos, não se pensava que mulher pudesse trabalhar sem a autorização do marido, não se pensava que pudesse haver paz entre França e Alemanha, não se pensava em unificação de moeda, em abertura de portos. Ok, isso tudo em um âmbito social e econômico.
Mas o que realmente me tocou nessa palestra foi o que ele disse, a respeito dos jovens de hoje, o que me levou diretamente a pensar nos meus alunos adolescentes-à-sua-própria-maneira: ao ser questionado sobre o que achava de estar diante de uma geração não-politizada, Cohn-Bendit respondeu:
“Os jovens hoje têm um outro foco. A política já não é mais o que tanto os assusta, o que não quer dizer que estejam alienados. Sua causa é outra: problemas ambientais. Além disso, eles têm uma visão e uma preocupação com seu futuro, com os rumos que suas vidas poderão tomar, seja num âmbito individual como social. Nós não tínhamos essa preocupação”.
Há uma utopia contemporânea. Há diversas delas. E me conforta esse novo olhar, pois me mostra que a gurizada não parou de pensar. E de sonhar.
domingo, 22 de agosto de 2010
Cais
Da série "meus-caderninhos-velhos-those-were-the-days"
Tou aqui
Pra preencher o vazio das horas
Pra baixar a maré dos teus olhos.
A paz enfim
Apascentara o gesto
É porto seguro da nau sem fronteira.
E sob essa lua que ilumina agora,
Só o que te peço
É meu mundo por teu cais.
Tou aqui
Pra preencher o vazio das horas
Pra baixar a maré dos teus olhos.
A paz enfim
Apascentara o gesto
É porto seguro da nau sem fronteira.
E sob essa lua que ilumina agora,
Só o que te peço
É meu mundo por teu cais.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Casa velha
Da série "meus-caderninhos-velhos-those-were-the-days". Não chega a amarrar o sapato dos desenhos do Diego, mas vale igual.
Estranho encontrar uma folha amarelada do tempo que parece que não existiu a não ser por foto.
A memória é uma ilusão desbotada.
A foto é o registro de uma fábula que de fato aconteceu.
Depois ainda abrem-se os cadernos da vida e se descobrem números, nomes, frases cotidianas, poesia diminuta.
Há muita imagem na palavra. Há muito passado em página barata.
Estranho encontrar uma folha amarelada do tempo que parece que não existiu a não ser por foto.
A memória é uma ilusão desbotada.
A foto é o registro de uma fábula que de fato aconteceu.
Depois ainda abrem-se os cadernos da vida e se descobrem números, nomes, frases cotidianas, poesia diminuta.
Há muita imagem na palavra. Há muito passado em página barata.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Casa nova
Resolvi arrumar isso aqui e soltar os pássaros da gaiola.
E eu fico só observando alegre a revoada.
E eu fico só observando alegre a revoada.
domingo, 15 de agosto de 2010
Everybody is wishing me a happy birthday
Num restaurante, comemorando o aniversário de um amigo, já passava da meia-noite quando o garçom perguntou à mesa se gostaríamos de mais alguma coisa, no caso, a sobremesa. Seguiu-se então um curto diálogo interessante, um pequeno duelo de palavras que resultou na vitória do querido aniversariante, comemorada com sua chimichanga de chocolate:
- Mais alguma coisa, senhores?
- Eu estou de aniversário hoje e gostaria de saber se tenho direito a alguma sobremesa por conta da casa...
- “Hoje” já é amanhã, senhor.
- Mas eu estou aqui desde ontem.
- ...
- ...
- Ok, vou providenciar.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
País das maravilhas
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Com os próprios olhos
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