Volta & meia olhar pela janela. A janela viva dos olhos, dos meus, dos teus, dos nossos. Volta & meia inventar alguma coisa, recriar espaços, palavras, voltas e meias. Literomputador, celulose virtual.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Final feliz é sempre massa
Ser feliz é complicado
bem mais fácil é sofrer
e ficar parado
sem saber o que fazer
Eu não sei o que fazer
vou fazendo mesmo assim
eu não vou ficar esperando
alguém fazer por mim
Vou deixar o sol entrar
acabar com a escuridão
abrir a janela do quarto e gritar para o mundo
eu quero outra chance!
Alguém vai escutar
alguém que vai sorrir
alguém que como eu cansou de desistir
Vou abrir meu coração
alguém vai escutar
então vou deixar o sol entrar.
Nico Nicolaiewsky
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Do que vale a pena em PoA
Nico, o maestro Tiago Flores e Fernanda Takai no ensaio |
Um piano de cauda, uma orquestra de câmara, músicas populares em vozes populares. Fui ontem assistir a Nico Nicolaiewsky tocando e cantando com Fernanda Takai, acompanhados da orquestra da Ulbra, no salão de atos da Ufrgs, por módicos 15 reais, ingresso mais barato que três pares de meia na C&A. A voz dela um veludo, as letras dele como palavras deliciosamente lapidadas no cotidiano, sério, queria eu ter escrito todas elas. Além dos talentos, a irreverência dos dois em contraste com a solenidade da orquestra dava à noite uma estranheza gostosa, uma vontade de ficar ali, só me alimentando da catarse e esquecendo o mundo lá fora. E viva Villa-Lobos, pois talvez sem suas ousadias passadas eu não teria vivido o que vivi ontem.
sábado, 9 de outubro de 2010
Vaca de exposição
terça-feira, 5 de outubro de 2010
He is the walrus!
Tenho me lembrado muito daquela musiquinha do Tavito... “e o som dos Beatles na vitrola/será que algum dia eles vêm aqui/cantar as canções que a gente quer ouvir”.
Um beatle vem a Porto Alegre. À nossa província de São Pedro.
Tá certo que não são os Beatles, tá certo que o Paul tá uma velha retalhada. Mas é o Paul e tudo o que ele representa. E vai tocar I’ve got a feeling, Eleanor Rigby, Blackbird, Back in USSR, além das fantásticas músicas gravadas com os Wings, como Jet, Band on the run, Let ‘em in, entre outras. E eu vou ouvir ao vivo a voz que cantou no telhado da BBC, que virou noites compondo com John Lennon, que alimentou minha imaginação de criança toda vez que eu via meu pai e meu tio pegarem o violão.
Queria escrever algo mais inspirado, afinal, esse é um dos eventos mais aguardados da minha vida. Mas às vezes o excesso de êxtase tira a palavra. Eu estou contando os dias, as horas. Depois de amanhã, quando começarem as vendas dos ingressos, é um-dois-três-e-já, o primeiro vai ser meu.
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